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Habitações para classe média não chegam para satisfazer procura. Reabilitação fez subir os preços das rendas A seguir Rendas sobem 268€ desde 2012 e prestações da casa descem 190€. A classe média e média baixa não tem casas, nem para arrendar nem para comprar. E o mercado ainda vai demorar a dar resposta. Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), assegura que “a construção está muito focada nos projetos para a classe alta”, que “não há vontade de construir” para os outros segmentos populacionais. Já no arrendamento, as poucas casas disponíveis são “postas no mercado com um valor de renda que os portugueses não podem pagar”, sublinha António Frias Marques, presidente da Associação Nacional dos Proprietários.
A entrada em vigor do Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU) acabou por ser um tiro no pé na dinamização do setor. Os senhorios conseguiram recuperar parte dos imóveis que tinham no mercado e, quando os voltaram a colocar para arrendar, aumentaram os preços. António Frias Marques lembra que “a maior parte dessas casas que vieram parar às mãos dos proprietários estavam num estado lastimável”, obrigando a obras de recuperação. Segundo o responsável, uma área de 100 metros quadrados obriga a um investimento mínimo de 30 mil euros para garantir as necessárias comodidades, o que encarece o arrendamento. Mais 55 mil casas Com os preços em alta e a afluência de estrangeiros ao país, esses imóveis ficaram longe das carteiras dos portugueses. “Estão a competir com outras pessoas que vêm do estrangeiro e que não discutem o preço”, frisa. Segundo António Frias Marques, os senhorios também estão muito apreensivos devido aos níveis de incumprimento nos pagamentos das rendas. Por isso, “privilegiam os estrangeiros, não há hipóteses para os portugueses competirem”. Luís Lima alerta que esta concentração no mercado de luxo irá trazer em breve problemas, porque “vai haver excesso de oferta”. Em contrapartida, a construção de habitações para a classe média “é um negócio sem risco”, dada a elevada procura. “Os portugueses com salários de mil euros não podem pagar prestações de 700, é um valor mensal demasiado elevado”, diz. Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas, assegura que há 55 mil casas licenciadas, umas em construção outras em vias de se iniciar. Agora, lembra, o processo não é imediato, “não ficam logo disponíveis”, mas vai permitir que “os valores de venda se equilibrem e algumas sejam aproveitadas para arrendamento”. O responsável também aponta o dedo à banca, pois “não há crédito à construção”.
Fonte: https://www.dinheirovivo.pt/economia/construcao-esta-muito-focada-no-segmento-de-luxo/
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